quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sistema Cardiovascular

  O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo. A regulação das funções do coração e do sistema vascular é complexa e em decorrência da adequada oferta e manutenção do fluxo sanguíneo, exigido pelos diversos tecidos do organismo, momento-a-momento,  requer constante e rápida adaptação funcional dos diferentes componentes do aparelho cardiovascular.
 
 Fonte da imagem:  http://jmjornaldomunicipio.blogspot.com.br/p/literate.htm

O coração

Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos. O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, nomediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita.

Fonte da imagem: Sobotta, Atlas de Anatomia, Volume 2, Editora Guanabara Koogan 


Limites do Coração: 
A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente.
 
Fonte da imagem: http://dc439.4shared.com/doc/5mEk0FNU/preview.html








Face Anterior (Esternocostal) - Formada principalmente pelo ventrículo direito.

Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma.

Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. 




Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e inferior.

Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo.

Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda.

Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.


 


Fonte da imagem: www.clinicacni.com.br                                          






















Fonte da imagem: www.eletrocorcardiologia.com.br


Muscúlos Cardíacos

Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso.
Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos.
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração.




 
Fonte da imagem: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio24.php



Fonte da imagem: http://www.ynhh.org/heart-and-vascular-center/heart_works.aspx 

 Configuração Cardíaca Interna
 O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular.



Fonte da imagem: http://palavrasereflexoes.blogspot.com.br/2009/11/um-coracao-saudavel-para-enamorar-se-14.html



Fonte da imagem: http://www.ynhh.org/heart-and-vascular-center/heart_works.aspx 


Átrio Direito
   O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito. Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados. O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos - válvulas ou cúspides). Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é a fossa oval. Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário.

Fonte da imagem: Sobotta, Atlas de Anatomia, Volume 2, Editora Guanabara Koogan 


Átrio Esquerdo
   O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides. O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda.

Fonte da imagem: Sobotta, Atlas de Anatomia, Volume 2, Editora Guanabara Koogan 

Ventrículo Direito
   O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas. No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos.
Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal. O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de músculos papilares.
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares).

Fonte da imagem: Sobotta, Atlas de Anatomia, Volume 2, Editora Guanabara Koogan 

Ventrículo Esquerdo
   O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-se a valva bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela valva aórtica - constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. Daí, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta ascendente, levando sangue para a parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta descendente levam sangue para todo o corpo. O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica.








Fonte da imagem: Sobotta, Atlas de Anatomia, Volume 2, Editora Guanabara Koogan 


Ciclo Cardíaco
Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole. Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração. Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sanguíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo - atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora do coração - semilunares (valva pulmonar e aórtica). Complemento: As valvas e válvulas são para impedir este comportamento anormal do sangue, para impedir que ocorra o refluxo elas fecham após a passagem do sangue. Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue. Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas.






Fonte da imagem: estudiosistemasbiologicos.blogspot.com

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 fonte da imagem: http://3.bp.blogspot.com 



Fonte da imagem: www.auladeanatomia.com


Vascularização:
 A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário. As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas.
Esta artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco coronário percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal da artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o sulco coronário. A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior. A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda. Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda. Na face diafragmática as duas artérias se anastomosam formando um ramo circunflexo. O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar o átrio direito. A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que recebe o nome de seio coronário. O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração. Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades cardíacas.
Portanto, enquanto o sistema circulatório está ocupado fornecendo oxigênio e alimentos para todas as células existentes no corpo, não vamos esquecer que o coração, que trabalha mais arduamente do que todos os órgãos, precisa de alimento também. A circulação coronariana refere-se a movimentação de sangue através dos tecidos do coração. O movimento de sangue pelo tecido cardíaco é apenas uma parte de todo o sistema circulatório.
Na figura abaixo pode-se observar as artérias e veias que circundam o coração.
 Fonte da imagem: http://www.inf.ufsc.br/~barreto/Projetos/Luciana/aplicativo/cirCoron.html

As células do coração recebem sangue arterial das artérias coronárias, que são as primeiras ramificações da aorta, contornando o coração como uma coroa (daí a sua denominação). Estas artérias voltam para o coração, dividindo-se em vasos cada vez menores que penetram fundo no músculo do coração. Todos esses vasos estão interligados. Se há problemas com suprimento numa rota, há chance que o sangue siga por outro caminho. Tudo que as células do coração devolvem é lançado no sistema de veias coronárias azuis que drenam o sangue de volta para o lado direito do coração.

Circulação sanguínea
O caminho percorrido pelo sangue em nosso corpo. Nesse circuito são reconhecidos dois tipos de circulação: a circulação pulmonar e a circulação sistêmica.
Circulação Pulmonar -  Também chamada  pequena circulação, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado.
Circulação Sistêmica -  Também chamada de grande circulação, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos.
Pelo que foi descrito, e para facilitar a compreensão:
  • A aorta transporta sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do coração para os diversos tecidos do corpo;
  • As veias cavas (superior e inferior) transportam sangue não oxigenado dos tecidos do corpo para o átrio direito do coração;
  • As artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado do ventrículo direito do coração até os pulmões;
  • As veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões até o átrio esquerdo do coração

 
 Fonte da imagem: Fig.1 Anatomia humana básica Dangello e Fanttini, 2° edição, Editora Atheneu , fig. 2 http://rlv.zcache.com.pt/poster_da_operacao_de_valvulas_do_coracao



Fonte da imagem: corpohumanobiologiaemacao.blogspot.com

 Aterosclerose

O que é:

A aterosclerose é a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias do coração e suas ramificações de forma difusa ou localizada. Ela se caracteriza pelo estreitamento e enrijecimento das artérias devido ao acúmulo de gordura em suas paredes, conhecido como ateroma. O consumo excessivo de alimentos industrializados, bebidas alcoólicas e cigarro, a falta de atividades físicas e o excesso de peso modificam o LDL (lipoproteína de baixa densidade, o "mau colesterol"), agredindo os vasos sanguíneos e gradativamente levando ao entupimento das artérias. Com o passar dos anos, o diâmetro do vaso diminui, podendo chegar à obstrução completa, restringindo o fluxo sanguíneo na região.Com isso, o coração recebe uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, tendo suas funções comprometidas. Essa complicação é a causa de diversas doenças cardiovasculares, como infarto, morte súbita e acidentes vasculares cerebrais.

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Causas e fatores de risco:

Na maioria das vezes, a aterosclerose está relacionada aos fatores de risco tradicionais, como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e obesidade.Pequena parte é de causa hereditária.

Sintomas:

Os mais frequentes são: dores no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas), falta de ar, sudorese, palpitações refletindo arritmias e fadiga.

Diagnóstico:

Se não existe histórico familiar de doença e nenhum risco conhecido, o recomendado é fazer avaliações periódicas do colesterol a partir dos 35 anos, para que se detecte a doença precocemente.Para aqueles que têm história de doenças cardiovasculares na família, o ideal é que o acompanhamento comece na adolescência, para que seja possível prevenir e controlar o desenvolvimento da doença.

Tratamento:

A forma mais indicada de tratar a aterosclerose é retirar as placas de gordura e curar as lesões que ficam no local. A retirada pode ser feita por métodos invasivos, como o cateterismo e a angioplastia, e a ingestão de medicamentos. A adoção de hábitos saudáveis também é fundamental para o controle da doença.

Prevenção :

Assim como a maioria das doenças cardiovasculares, a melhor forma de prevenção é manter uma rotina que inclua exercícios físicos regulares, alimentação balanceada e com baixo consumo de gorduras e sal, além do controle dos fatores de risco para doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol e evitar o consumo exagerado de álcool e cigarro.
 

Disponivel em: http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-aterosclerose.aspx 
Revisão médica: Dr. Marcos Knobel, cardiologista
Publicado em abril de 2012


Sistema de condução cardíaca

   O Sistema de condução elétrica do coração é uma das mais maravilhosas estruturas do corpo humano. Enquanto dormimos, conversamos, caminhamos, corremos ou realizamos qualquer atividade, o nosso coração não pára de funcionar. Este sistema o qual também é conhecido como sistema intrínseco é formado pelo sistema nervoso que é responsável pela condução dos estímulos nervosos, importantes para o funcionamento cardíaco. Este sistema é formado pelo:

Nódulo Sinoatrial ou Sinusal: o Nódulo sinoatrial fica localizado na região superior do átrio direito, tem a função de marca-passo do coração, isto é, comanda o ritmo e freqüência do coração. Tem autoexitabilidade e autopraticidade, ou seja, tem seu próprio comando.

Nódulo atrioventricular: o nódulo atrioventricular fica localizado no assoalho do átrio direito e é responsável por fazer a pausa fisiológica que permite que os átrios ejetem sangue para as câmeras ventriculares.

Feixe de His: o Feixe de His é uma estrutura de bifurcação que leva estímulos específicos para cada ventrículo.

Fibras de Purkinje: é uma ponta de condução que entra em contato com a célula miocárdica.


 
Fonte da imagem: http://fisiologiaessencial.blogspot.com.br/2010/01/sistema-de-conducao-cardiaco.html 


Fonte da imagem: www.medicinaintensiva.com.br


Ausculta Cardíaca

O Estetoscópio
É o aparelho habitualmente utilizado para realizar a ausculta, biauricular, composto por três peças: receptora, condutora e auricular. A parte receptora, quando em forma de campânula, sem o diafragma, aplicada suavemente sobre o precórdio, melhora a percepção dos ruídos de baixa freqüência. O tubo que compõe a peça condutora, deve ser de material semi-rígido, ter comprimento entre 25 e 30 cm e diâmetro interno de aproximadamente 5 mm.

 
Fonte da imagem: www.cirupar.com.br


Técnica de auscultação
Tanto quanto possível, deve ser efetuada em ambiente silencioso, com o paciente e o examinador em posições confortáveis, sem pressa e acompanhada de manobras que possam melhor evidenciar determinados eventos.
Áreas de ausculta:
1) Tricuspídea: na parte baixa do esterno, junto à linha paraesternal esquerda;
2) Mitral ou da ponta: no local onde se identifica, pela palpação, o choque da ponta;
3) Aórtica: no segundo espaço intercostal direito, junto ao esterno;
4) Pulmonar: no segundo espaço intercostal esquerdo, na margem esternal;
5) Aórtica acessória: no terceiro espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno;
Outras áreas para ausculta: a margem direita do esterno, o epigástrio, a região axilar, a região cervical.
 

Eventos acústicos: bulhas, sopros, estalidos, atritos.

Bulhas 
 - Primeira bulha: É um complexo composto de cinco grupos de vibrações, as vibrações de baixa freqüência e de pequena intensidade, que ocorrem no início da sístole, antecedendo ao aumento de pressão intraventricular, no início da sístole; Três grupos de acidentes acústicos de média freqüência e de maior intensidade, considerados como responsáveis pelo caráter audível da primeira bulha; O último grupo é inaudível, baixa freqüência e pequena intensidade.
Teorias para explicar a gênese da primeira bulha:
- A valvar
- A das condições hemodinâmicas vigentes no ventrículo esquerdo
- Teoria valvar: as oscilações audíveis estariam relacionadas às vibrações das valvas mitral e tricúspide.

Fonte da imagem: www.hu.ufsc.br
 
- Resultado da dinâmica vigente no interior da câmara ventricular esquerda: os componentes seriam originados pela movimentação da coluna sangüínea no interior do ventrículo esquerdo, ficando as estruturas valvares com um papel insignificante quanto à produção de sons audíveis. 
Componentes:
O: originado pela contração da musculatura no início da sístole ventricular.
A: seria causado pela tensão e aceleração das paredes ventriculares esquerdas, determinada pela contração isovolumétrica associada à desaceleração da massa sangüínea;
B: estaria relacionado à brusca aceleração da coluna líquida e desaceleração das estruturas cardíacas, logo após a abertura da valva aórtica;
C: seria originado pela vibração conjunta da via de saída do ventrículo esquerdo, das paredes da aorta e da massa sangüínea;
D: o resultado de vibrações na aorta, associadas à da massa de sangue nela contida.
Segunda bulha : No final da sístole ventricular há contínuo decréscimo das pressões intraventriculares. Assim, quando a pressão nos dois ventrículos cai abaixo da dos grandes vasos, o sangue retorna e ocupa os orifícios aórtico e pulmonar, e as cúspides semilunares adossam-se umas às outras, contrapondo-se bruscamente ao fluxo retrógrado. Produz-se, então, impacto da coluna sangüínea sobre as valvas já fechadas, com vibrações da coluna líquida e das estruturas subjacentes (aparelho valvar, vias de saída dos ventrículos e paredes vasculares), responsáveis pela segunda bulha. 
Terceira bulha : A terceira bulha normal, observada habitualmente em crianças e adolescentes e raramente em adultos, é um ruído de baixa freqüência que ocorre entre a proto e a mesodiástole. É atribuída a vibrações provocadas pelo fluxo sangüíneo, que entra no ventrículo, na fase inicial da diástole (fase de enchimento rápido). Brusca desaceleração da coluna líquida de encontro às paredes ventriculares ao final da fase de enchimento rápido é a causa de aparecimento desta bulha. 
Quarta bulha: Pode ser encontrada em crianças e adolescentes normais. Admite-se que a quarta bulha é originada pela brusca desaceleração do fluxo sangüíneo mobilizado pela contração atrial, de encontro à massa sangüínea existente no interior do ventrículo, no final da diástole.
Alterações das bulhas cardíacas  
Primeira bulha -
Intensidade: Normofonética, hipofonética ou hiperfonética.
Hipofonese: Nas lesões da fibra cardíaca (IAM, cardiomiopatia); no aumento da cavidade ventricular esquerda (bradicardias, insuficiência mitral e aórtica).
Hiperfonese: Por aumento da contratilidade ou diminuição da cavidade do VE ( hipertiroidismo, taquicardia, febre, estenose mitral, exercício físico); por processos que acometam a valva aórtica e a artéria aorta (HAS, coarctação da aorta); em condições patológicas que determinam sobrecarga das câmaras direitas (CIA, CIV, HAP).
Variações de intensidade: Fibrilação atrial, BAVT.
Desdobramento da primeira bulha: Amplos (idosos, HAS), curtos (estenose aórtica, síndromes hipercinéticos)  
Segunda bulha
Timbre: metálico (alterações estruturais das lacínias aórticas e da porção inicial da aorta; esclerose e calcificação da valva, síndrome de Marfan).
Intensidade: normo, hipo ou hiperfonética
Hipofonese: choque, estenose aórtica, estenose pulmonar.
Hiperfonese: hipertensão.
Desdobramento: variável (fisiológico); fixo (patológico: BRD, CIA, drenagem anômala das veias pulmonares ; paradoxal (patológico: BRE, estenose aórtica, HAS severa, PCA, CIV). 
Terceira bulha: Sua presença sugere sobrecarga de enchimento ou comprometimento do miocárdio ventricular. Na primeira circunstância, há exagero da aceleração e desaceleração do fluxo sangüíneo durante a fase de enchimento rápido ventricular, propiciando seu aparecimento; na segunda, as condições de severo comprometimento das fibras miocárdicas são responsáveis pelo fenômeno auscultatório em questão, traduzindo aumento de complacência e diminuição da elasticidade do miocárdio ventricular e conseqüente fase de enchimento rápido anormal. Os quadros hipercinéticos (exercício, febre, gravidez, hipertiroidismo, estados emocionais, hiper-hidratação), pelo hiperfluxo que determinam, criam condições para seu aparecimento. Da mesma maneira, o excesso de enchimento protodiastólico ventricular que ocorre em insuficiências atrioventriculares, comunicações interatriais e interventriculares, regurgitações aórtica e pulmonar, explica a existência de terceira bulha importante. Na vigência de taquicardia, a terceira bulha, auscultada em sucessão à primeira e à segunda, pode lembrar o galopar de um cavalo: é o denominado "ritmo de galope".Como se depreende, o galope protodiastólico ou de terceira bulha pode indicar graves alterações hemodinâmicas e disfunção contrátil do miocárdio ventricular, com sérias implicações prognósticas. 
Quarta bulha: É também observada em crianças e adolescentes normais, embora com menor freqüência que a terceira. Entretanto, em grupos etários mais avançados, sugere a probabilidade de alteração da complacência ventricular ou de hiperfluxo provocado pela contração atrial. Na primeira circunstância a contração atrial processa-se mais energicamente que em condições normais, tentando vencer a resistência ventricular a seu esvaziamento e provocando maior aceleração e conseqüente desaceleração da coluna sangüínea na telediástole ocasionando o aparecimento da quarta bulha. Este mecanismo parece estar presente nos casos de acentuada hipertrofia da musculatura ventricular (estenoses subaórtica, aórtica e pulmonar, hipertensões arteriais sistêmica e pulmonar), na angina do peito e no infarto agudo do miocárdio. O hiperfluxo provocado pela contração atrial, como pode ocorrer nas síndromes hipercinéticas e na comunicação interatrial, também pode ser responsável pelo aparecimento de quarta bulha. Freqüentemente, observa-se associação dos fatores acima para explicar a ocorrência de quarta bulha patológica.

Veja está animação: http://library.med.utah.edu/kw/pharm/hyper_heart1.html

Sistema Linfático


O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sangüínea.

Possui três funções interrelacionadas:

  •  Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;
  • Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema   circulatório;

  • Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).
 
Fonte da imagem: www.auladeanatomia.com
Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa.
A linfa é um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.             
Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.

Órgãos Linfáticos
O baço, os linfonódos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea (adenóides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfóide rico em linfócitos) são órgãos do sistema linfático. Alguns autores consideram a medula óssea pertencente ao sistema sistema linfático por produzirem os linfócitos. Estes órgãos contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos A e B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas.
 
Fonte da imagem: www.anatomiahumana.com 
Tonsilas Palatinas (Amígdalas): 
A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos.

Tonsila Faríngea (Adenóides): 
É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenóide.
Linfonódos (Nódulos Linfáticos): 
São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microorganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso.
 
Fonte da imagem: www.anatomiahumana.com
 
Órgãos Hematopoiéticos
Além de serem órgãos do sistema linfático, o baço e timo que são linfoides, também são órgãos hematopoiéticos.
Baço: 
O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o diafragma. Ele é mole, de consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12cm de comprimento, 7cm de largura e 3cm de espessura. O baço é um órgão linfóide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da circulação linfática porém interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Suas principais funções são as de reserva de sangue, para o caso de uma hemorragia intensa, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação de uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da destruição dos glóbulos vermelhos.
 
Fonte da imagem: e-macrobiotica.blogspot.com
Timo:


O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do mediastino superior, enquanto o timo de adulto de idade avançada mal pode ser reconhecido, devido as alterações atróficas. Durante seu período de crescimento ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura. O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado, medindo aproximadamente 5cm de comprimento, 4cm de largura e 6mm de espessura.




Referências Bibliográficas
Conteúdo:
DANGELO, J.C.; FATTINI, C.A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. Ed. Atheneu, 2ª Edição, São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e Belo Horizonte. 2005.
TORTORA, G.J. Princípios de Anatomia Humana. Ed. Guanabara Koogan, 10ª Edição, Rio de Janeiro. 2007.

Dísponivel em:
http://www.hu.ufsc.br/~cardiologia/ausculta.htm
http://fisiologiaessencial.blogspot.com.br/2010/01/sistema-de-conducao-cardiaco.html 
http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-aterosclerose.aspx
http://www.inf.ufsc.br/~barreto/Projetos/Luciana/aplicativo/cirCoron.html

Aluna: Priscila Carla C. Santos
Curso: Nutrição /  2° semestre

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